segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Eu desejo


Eu desejo que o amor só seja usado se for verdadeiro, que sejam tulipas, margaridas, girasóis, e que o cravo não brigue mais com a rosa debaixo de uma sacada. Eu desejo que nao haja mais discuções, gritos, palavras grosseiras e nem tapas na cara. Que só tenha beijinhos e abraços, desejo que andem pelas ruas de mãos dadas, que dividam guarda-chuva na chuva, que um esquente o outro no frio. Que existam sextas no cinema, tardes no parque, e noites de amores. Desejo que existam muitos dias dos namorados a dois, e pascoas, e aniversários e natais também. Desejo que não haja cobranças, dividas e promessas. Que não exista pessoas sozinhas, e se tiver que seja por vontade própria. Que nao existam lagrimas de tristeza, só de felicidade. Desejo que existam apenas sorrizos e pessoas felizes, mas sem felicidade a toda hora, porque não existe ninguem feliz 24 horas, e se existir é pura ilusão, mas que pelo menos seja feliz a maior parte do tempo. Sinceramente eu desejo que exista um novo amor, um novo tipo, e que as pessoas o conheçam e o aceite da melhor forma. Que comecem a usá-lo da forma apropriada, para não estragá-lo como fizeram com esse amor que vemos, eu desejo que essa geração aprenda mais sobre esse novo amor.

domingo, 21 de outubro de 2007

odeio textos grandes, mas esse vale a pena.

Por três anos convivi com ele, pois é três longos anos. Nosso relacionamento era assim: eu entrava na lotação para voltar pra casa depois do colégio e ficava o observando. Era simples assim, porém puro e bonito. O máximo que eu já tinha falado para ele, era um "com licença", quando eu tinha que sair da lotação e estava sentado ao lado dele. Eu até queria falar algo mais, puxar assunto, dizer como o dia estava bonito, mas eu não conseguia, o medo e a minha timidez não deixavam. E foi assim que eu convivi com ele, mas no meio do ultimo ano escolar, aconteceu algo que eu não tinha premeditado, ele sumiu, é ele não pegava mais a lotação. O meu mundo desabou, as voltas para casa não eram mais a mesma, a lotação tinha apenas virado a lotação, que se mechia e chaqualhava nas ruas de São Paulo. Eu não acreditava, que tinha perdido ele, que nesses dois anos e meio eu nunca tinha trocado uma palavra de verdade nem puxado nenhuma conversa, eu poderia nunca mais vê-lo e isso me frustrava como pessoa, eu não tinha capacidade de puxar um assunto com uma simples pessoa. Se passam dois meses mês, e eu nao pensava nele tanto como antes, sim, eu era meio voluvel mesmo, eu estava quase me esquecendo do rosto do menino da lotação, pois nem o seu nome eu sabia. Mas estava eu dentro da lotação naquele chaqualha, chaqualha, até que ele me veio na cabeça, num relapso rápido como um raio, o rosto dele apareceu na minha mente, e não contive, dei um grande sorriso, se tivesse alguém me oservando dentro daquele automóvel, ia achar que ou eu era muito feliz, ou era boba mesmo. Então me veio tudo de novo, fiquei me penalizando, pensando o quanto burra eu era, e que se ele entrasse mais uma vez naquela lotação, eu ia fazer valer a pena, ia puxar assunto, como se fosse a ultima oportunidade, ia ser mais do que uma garota invisivel, eu ia ser alquem imporante para ele, quando acabei de terminar o meu pensamento, acontece algo totalmente assustador pra mim, ele entra na lotação com mais um cara. E o meu sorriso foi trocado por um par de olhos arregalados, diquei branca, gelada, com a sensação de borboletas no estomago. Ele passou da catraca e sentou-se do meu lado, a voz dele pedindo licença entrou nos meus ouvidos como se fosse o unico som que fazia ali, então me lembrei de todos aqueles dias, de todas as voltas pra casa com ele. Eu não conseguia pensar direito estava lerda como uma porta emperrada. Então eu descobri ouvindo a conversa dele com o seu amigo, que ele tinha operado, por isso tinha ficado esses dois meses fora. Eu me senti idiota, idota, idiota. Meu ponto estava chegando, e eu pensava frenéticamente oque eu iria falar para ele, eu tinha que falar algo, dei sinal para que a lotação parasse no meu ponto, eu virei para ele, abri a boca de vagar e saiu um...com licença. Ele me deu licença para sair do banco, e eu desci daquela lotação praticamente com uma arma no meio da minha cabeça, eu não tinha aprendido nada com esse dois meses sem ele, eu era uma burra. Então aquele ano terminou, e a gente nunca mais se viu, eu fui fazer faculdade e não pegava mais a mesma lotação, e creio que ele também não. Talvez eu não tenha falado nada para ele naqueles 3 anos, porque eu tinha medo, medo de que eu estragasse tudo. Medo que a gente tivesse algo a mais, e algum fizesse algo para o outro, e que minha visão sobre ele mudasse, que perdesse o encanto que eu tinha por ele. Por que o que eu lembro quando penso nele, era aquele menino bonito, cabelo castanho com luzes loiras, com o uniforme da sua escola, o olhar vago dele olhando para as ruas, o seu jeito educado, era perfeito, um Deus Grego. As vezes penso que o "com licença" tinha bastado, que aquelas duas palavras tenham sido pefeitas, para que eu não estragasse tudo. Ahh nunca vou me esquecer do menino da lotação, esses três anos foram perfeitos com ele.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Eles não mentiam


Ele não a intendia, era simples assim, ele nem fazia esforços para entendê-la. Ele prefiria sair de casa a noite e ir dormir no amigo, do que conversar com ela, ele tinha mais facilidade de discutir do que elogiar. Ele gritava, berrava, fazia chantagens. Ele morria de ciumes. Ele trocava ela pelo futebol no sabado com os amigos, mas ele nunca, nunca mentia para ela. Agora ela era queta, não abria a boca nem para um A, ela concordava com tudo, era submissa, ela falava com as amigas pelo telefone, nunca trocava sair com ele, por sair com elas, mas aos sabados, ahhh os sabados, enquanto o marido ia no futebol, ela saia com o seu amante, ela também não mentia para o seu marido, apenas ele nunca tinha lhe perguntado sobre isso. Cada um tem sua forma de estravazar o estresse, esse era o dela.

Não existiam eles




Eles eram perfeitos, talvez o casal mais bonito. Nas sextas ele a buscava para irem juntos ao cinema, depois passavam em algum barzinho. Então ela dormia na casa dele, ficavam conversando até a madrugada, faziam amor, ou nem isso, apenas dormiam, um segurando a mão do outro. Ele sempre a acordava com beijos, e ela ficava com vergonha por erstar desarrumada e com cara de sono. Eles eram feitos um para o outro. Brigavam as vezes, mas ela sempre ia o perturbar, para conseguir tirar um sorriso daquela cara emburrada. Eles faziam planos para o futuro. Ele ia assistir os shows da banda dela, e ela o buscava na faculdade. Daqui uns dois anos eles iriam se casar, e depois de mais quatro eles teriam o primeiro filho. Mas infelizmente agora ele está sentado no apartamento dele fumando o ultimo cigarro do segundo maço do dia. Na verdade, eles não fizeram planos, não dormiram juntos, não se amaram, porque ela se suicidou no ano 99, um ano antes que eles iriam se conhecer.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Sou impar, única, do avesso


Eu sou estranha e totalmente dificil de ser compreendida, pois nem eu mesmo me entendo, estou 16 anos tentando, e infelizmente não tenho um grande progresso. Eu gosto e as vezes finjo que não gosto, quero que dizem a verdade para mim, mas nem sempre eu digo. Vcs não podem olhar, mas eu olho. Exijo o máximo de atenção, mas se grudar eu enjou. É bem simples, eu posso tudo e vcs nao! Sou folgada, preguiçosa e reclamona, mas se encontro alguém assim logo critico e dou sermão, mas que hipocrisia nao? Eu pareco um cachorro que dá varias voltas ao redor do lugar onde vai dormir, na minha vida sou assim, eu rodo, rodo, rodo antes de fazer algo, me esquivo, adio o quanto puder, pra ultima hora é melhor sabem? Eu gosto de andar de lotação, gosto de dormir em carros, e em qualquer outro lugar também. Gosto de sofrer por amor, é sério adoro sentir aquela dor no coração, é quase como cheirar batata Pringles de cebola, uma sensação incrivel. Tenho saudades do Zine Vanilli, e releio os textos salvos, mas quando ele ainda existia eu nunca o lia. Sou incompetente e nao me esforço em nada que eu faço, tudo que começo nunca termino e gosto disso. Quero emprego mas nao quero trabalhar, quero ganhar dinheiro sem esforços, mas não quero ser puta. Gosto de ser mimada, mas não espere palavras bonitinhas de mim. Eu sou assim, sou impar, unica, do avesso. Não me entendo, nem quero entender, por isso não procuro as respostas em mim, talvez posso ficar decepcionada comigo mesmo.

o amor acaba, e não adianta vocês teimarem comigo


Nós não somos bons. Nós não temos o minimo que o amor exige, para amarmos alguém de verdade. Não temos o coração puro, não temos a simplicidade que o amor precisa. Temos que ser felizes sozinhos primeiramente, temos que saber que se estivermos sozinhos conseguiremos ser feliz. Se encontrarmos alguém, temos que entender que ela não é nossa vida, e apenas um bonus que a vida nos deu. Temos que nos entregar? Fazer de cada dia o melhor como se fosse o ultimo? Sim! Mas ao mesmo tempo colocar na cabeça a idéia que quando ela se for, não existiram lagrimas, nem arrependimentos. Porque ela era só um bonus que a vida te deu, e existiram muitos outros bonus na sua vida. Nós não somos perfeitos, por isso que os amores sempre acabam. Um dia a pessoa que você tanto ama, pode ir embora. Ela pode não te dar explicações ou até pode dar, mas isso não fará a dor ficar menor. Ela pode mudar as opiniões dela sobre você, pode mudar as prioridades e apenas ir embora. Ela não é sua vida, você é a sua vida, somente você. Por isso ame com toda a força que você tiver dentro de você, aproveite cada minuto, por que sempre acaba, o amor sempre vai acabar indo embora, e te deixando com os cacos, porque nós não somos perfeitos e nem estamos preparados para lidar com o amor, não adianta teimar.